segunda-feira, 16 de abril de 2012

Oficinas de leitura serão realizadas na Biblioteca Municipal

Oficinas serão homenagens a Monteiro Lobato e ao Índio

A Secretaria de Cultura da Prefeitura de Nova Friburgo, por meio da Subsecretaria Pró-Leitura, realizará oficinas de leitura no mês de abril, na Biblioteca Municipal (na Sala Infantil), para a garotada das escolas particulares e municipais da cidade, em virtude do dia 18 de abril foi instituído como o Dia Nacional da Literatura Infantil, em homenagem a Monteiro Lobato. “Incentivar a leitura, enfim, projetos e ações relacionadas à cultura e educação para as crianças é uma das determinações do prefeito Sérgio Xavier”, afirmou o secretário de Cultura David Massena.

No dia 19 de abril, as oficinas de contação de história serão abordarão o tema “Todo dia é dia de índio”; dia 24, brincando, cantando e pintando com a turma do Sítio do Pica Pau Amarelo; e no dia 26, a programação será voltada ao artista, com leitura e dramatização de histórias infantis, sempre a partir das 14h. A Biblioteca Municipal fica na Rua Farinha Filho, 50, no prédio da Câmara Municipal.

A subsecretária Pró-Leitura, Vera Veronesi, convida a turma de ‘gente miúda’, para essa viagem divertida pelo universo mágico da Cultura, através da leitura. Segundo disse, “todo esse trabalho é um resgate à figura de Monteiro Lobato também da literatura infantil, para o leitor pequeno. Essas brincadeiras e contações de história, além da comemoração ao dia do Índio (19 de abril), foram agendadas especialmente para atender as crianças das escolas de Nova Friburgo, principalmente as municipais, já que são as particulares que mais participam e frequentam a biblioteca, curiosamente”.

Um pouco sobre Monteiro Lobato

O dia 18 de abril foi instituído como o Dia Nacional da Literatura Infantil, em homenagem à Monteiro Lobato. “Um país se faz com homens e com livros”. Essa frase criada por ele demonstra a valorização que dava à leitura e sua forte influência no mundo literário.

Monteiro Lobato foi um dos maiores autores da literatura infanto-juvenil brasileira. Nascido em Taubaté, interior de São Paulo, em 18 de abril de 1882, iniciou sua carreira escrevendo contos para jornais estudantis. Em 1904 venceu o concurso literário do Centro Acadêmico XI de Agosto, época em que cursava a faculdade de direito.

Como viveu um período de sua vida em fazendas, seus maiores sucessos fizeram referências à vida num sítio, assim criou o Jeca Tatu, um caipira muito preguiçoso.

Depois criou a história “A Menina do Nariz Arrebitado”, que fez grande sucesso. Dando sequência a esses sucessos, montou a maior obra da literatura infanto-juvenil: O Sítio do Picapau Amarelo, que foi transformado em obra televisiva nos anos oitenta, sendo regravado no final dos anos noventa.

Dentre seus principais personagens estão Dona Benta, a avó; Emília, a boneca falante; Tia Nastácia, cozinheira que preparava famosos bolinhos de chuva; Pedrinho e Narizinho, netos de Dona Benta; Visconde de Sabugosa, o boneco feito de sabugo de milho; Tio Barnabé, o caseiro do sítio que contava vários “causos” às crianças; Rabicó, o porquinho cor-de-rosa; dentre vários outros que foram surgindo através das diferentes histórias. Quem não se lembra do Anjinho da asa quebrada que caiu do céu e viveu grandes aventuras no sítio?

Dentre suas obras, Monteiro Lobato resgatou a imagem do homem da roça, apresentando personagens do folclore brasileiro, como o Saci Pererê, negrinho de uma perna só; a Cuca, uma jacaré fêmea muito malvada; e outros. Também enriqueceu suas obras com obras literárias da mitologia grega, bem como com personagens do cinema (Walt Disney) e das histórias em quadrinhos.

Na verdade, através de sua inteligência, mostrou para as crianças como é possível aprender através da brincadeira. Com o lançamento do livro “Emília no País da Gramática”, em 1934, mostrou assuntos como adjetivos, substantivos, sílabas, pronomes, verbos e vários outros. Além desse, criou ainda Aritmética da Emília, em 1935, com as mesmas intenções, porém com as brincadeiras se passando num pomar.

Monteiro Lobato morreu em 4 de julho de 1948, aos 66 anos de idade, e no ano de 2002 foi criada uma Lei (10.402/02) que registrou o seu nascimento como data oficial da literatura infanto-juvenil.